Capacitação, qualificação e inovação das redes sociais Minho-Lima

Resumo

Os novos desafios resultantes de contextos políticos, sociais e económicos complexos e em profunda mudança conduziram o IPVC, a ACIBTM, com o apoio da CIM Alto Minho, à liderança de um projeto de Promoção da Capacitação as Redes Sociais do Minho-Lima, que enquanto fóruns de articulação e congregação de esforços, desenvolvem intervenção relevante nos domínios da inovação e competitividade e do desenvolvimento social e humano, tendo em vista o desenvolvimento coeso e sustentado do território bem como o combate às situações de pobreza e de exclusão social. O Programa das Redes Sociais, com características únicas no contexto Europeu, assenta numa visão territorializada dos problemas sociais e dos recursos, com o objetivo de contribuir para que cada comunidade possa criar e experimentar novas formas de articulação e conjugação de esforços, definindo prioridades e planeando, de forma integrada e participada, o esforço conjunto de diagnóstico dos problemas, procurando, em sede de parceria local, os caminhos e as estratégias que vão de encontro às necessidades dos cidadãos. Uma das principais inovações da Rede Social passa, pois, por induzir o planeamento participado no território. No entanto, é também um dos seus maiores desafios, atendendo à dificuldade de fazer convergir interesses, necessidades e entendimentos acerca das prioridades de intervenção. Por vezes, denota-se o reconhecimento ao nível da falta de preparação de ordem técnica e diminuta qualificação sobre a utilização de metodologias participativas, com consequente de heterogeneidade dos documentos de planeamento estratégico, condicionando a tomada de decisão integrada e a uma escala loco regional. Assumindo a intervenção social em função das especificidades de cada comunidade e simultaneamente das sinergias à escala supramunicipal, o projeto envolve os órgãos de governação local (dez autarquias), representantes do ISS e IEFP, da CEVAL, da UDIPSS e a ULSAM, EPE, numa lógica de dinamização de parcerias para o desenvolvimento de economias de escala, promovendo a eficiência de recursos em matéria de gestão e implementação de projetos estruturantes para a região. Partindo da metodologia preconizada, em que cada uma das Redes Sociais numa lógica de planeamento integrado e participado e através do trabalho em parceria, deveria tentar perceber a realidade local através da produção de Diagnósticos Sociais, que atuassem como suporte à priorização e definição das estratégias de intervenção, tendo em vista o desenvolvimento social dos concelhos, definidos no Plano de Desenvolvimento Social, e efetivadas através de Planos de ação anuais ou bianuais, o projeto visa: • capacitar e valorizar a Rede Social por via da harmonização dos procedimentos; • fomentar o empreendedorismo organizacional e o intra-empreendedorismo social; • inovar na forma de resolver os problemas sociais com base; • promover o planeamento supraconcelhio concertado. Até ao momento, foi efetuado o diagnóstico de funcionamento das redes por focus grupo, validado com o poder local e Técnicas dos NE. Foram desenvolvidos worhshops sobre Planeamento estratégico e ferramentas participativas. Oito das dez Redes encontram-se já no processo de elaboração dos diagnósticos sociais através de metodologias participativas. Está em curso a construção de uma plataforma eletrónica de planeamento prospetivo.