E se os expatriados decidem abandonar a organização? O efeito mediador do contracto psicológico na relação entre as PGRH e o turnover
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i4.2075Palavras-chave:
Gestão de expatriados;, Intenções de saída;, Cumprimento do contrato psicológico;Resumo
A internacionalização assume, nos dias de hoje, um importante papel na vantagem competitiva das empresas. Como forma de contrariar a instabilidade financeira que se vive na Europa e um pouco por todo o mundo, temos vindo a assistir a um constante e crescente movimento de fusões e aquisições, joint ventures e alianças estratégicas e a decisões de internacionalização procurando novos mercados o que inevitavelmente conduz ao aumento do número de colaboradores a viver e a trabalhar em países estrangeiros ao serviço da empresa mãe – os expatriados. Porém a elevada taxa de insucesso registada neste tipo de missões internacionais traz consigo graves consequências para as empresas quer a nível financeiro quer a nível estratégico. Este estudo pretende assim, por um lado, conhecer a relação entre as Práticas de Gestão de Recursos Humanos e a intenção de voluntária de turnover mas sobretudo pretende investigar qual o impacto da perceção do cumprimento de contrato psicológico nesta relação. Participaram neste estudo 100 colaboradores expatriados, na sua grande maioria em Angola. Os resultados revelaram uma relação negativa entre as PGRH e a intenção de turnover e um efeito de mediação total do contrato psicológico nesta relação. Conclui-se que as PGRH influenciam diretamente a perceção de cumprimento ou incumprimento das expetativas que as pessoas criam em relação à organização e é a partir da formulação destas expetativas que os colaboradores decidem permanecer ou abandonar a empresa.