Envelhecimento ativo e promoção da empregabilidade entre os cidadãos seniores

Autores

  • Ana Barroca Advancis Business Services
  • Gonçalo Meireles Advancis Business Services
  • Catarina Neto Advancis Business Services

DOI:

https://doi.org/10.26537/iirh.v0i4.2063

Palavras-chave:

Envelhecimento ativo;, Cidadãos seniores;, Empregabilidade;, Desenvolvimento de recursos humanos;

Resumo

A crescente consciência da necessidade de expandir a participação dos cidadãos mais velhos no mercado de trabalho, considerando o contexto de alterações demográficas, não é, no entanto, suficiente para garantir o crescimento da mão de obra qualificada. Existe assim paralelamente uma necessidade de maximizar a utilização do trabalho tal. A Estratégia Europa 2020 enfatiza a necessidade de combinar o desenvolvimento de competências de trabalho ao longo da vida com melhor adequação entre a oferta e a procura, no mercado de trabalho. Um artigo recente do governo britânico defendia que: “Não há relação automática entre as competências e a produtividade. Criticamente importante é como as empresas realmente usam as competências da sua força de trabalho”. O relatório da Comissão Europeia “Novas competências para novos empregos” refere igualmente que pode haver a necessidade de envolver intermediários-chave, como entidades de educação e formação e prestadores de serviços de emprego, para determinar como melhorar a utilização das competências em contexto de trabalho, bem como melhorar as redes de cooperação entre empregadores para partilha de boas práticas na gestão das competências em contexto de trabalho. Investigações anteriores promovidas pela União Europeia sugerem que é mais fácil aumentar o emprego dos trabalhadores mais idosos, de ambos os sexos, se os empregadores e empregados estiverem convencidos das vantagens de estender as relações de trabalho atuais e não se couber ao Estado procurar novos empregos para os trabalhadores idosos fora do mercado de trabalho. A superação dos desafios económicos, dos desafios relacionados com o emprego e dos desafios sociais resultantes das alterações demográficas deverá constituir uma prioridade essencial atendendo ao aumento significativo da percentagem de idosos na população e à correspondente redução da força de trabalho. Os governos e as empresas têm de se adaptar à evolução da força de trabalho disponível e dar resposta à necessidade de disponibilizar produtos e serviços adequados e acessíveis e de adaptar as condições de trabalho e de vida ao envelhecimento da população. O aumento da taxa de emprego de todas as pessoas em idade ativa constitui um objetivo político essencial para os Estados-Membros, tal como referido nos grandes objetivos da Estratégia "Europa 2020" nos domínios do emprego e da redução da pobreza e da exclusão social. A sustentabilidade da taxa de emprego dos trabalhadores mais velhos depende da intervenção do Estado mas, essencialmente, do papel do setor empresarial privado e da iniciativa dos trabalhadores. Ao setor empresarial privado compete definir estratégias empresariais e estratégias de gestão de recursos humanos que não definam a idade como “handicap” à produtividade dos respetivos trabalhadores e, por consequência, ameaça à sua competitividade e criar condições para um melhor desempenho profissional dos seus trabalhadores dentro das respetivas fases do seu ciclo de vida. Aos trabalhadores compete gerir a sua vida profissional, investir na qualificação e desenvolvimento de competências necessárias aos diferentes momentos do seu percurso profissional.

Publicado

2014-04-04

Como Citar

Barroca, A., Meireles, G., & Neto, C. (2014). Envelhecimento ativo e promoção da empregabilidade entre os cidadãos seniores. Conferência - Investigação E Intervenção Em Recursos Humanos, (4). https://doi.org/10.26537/iirh.v0i4.2063