Promover a empregabilidade em tempo de insegurança laboral: o papel das práticas de formação no compromisso afetivo
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i4.2053Palavras-chave:
Formação;, Empregabilidade;, Insegurança laboral;, Compromisso afetivo;Resumo
No atual contexto socioeconómico a instabilidade e precariedade dos postos de trabalho têm levantado novos problemas à gestão de recursos humanos, já que a perceção de Insegurança laboral tem apresentado impacto nas atitudes e comportamentos dos colaboradores, refletindo-se não só na redução do bem-estar e satisfação geral do capital humano, mas também muitas vezes em quebras de produtividade da própria organização. Sendo atualmente mais importante que nunca as empresas manterem-se competitivas, torna-se essencial encontrar alternativas à segurança do posto de trabalho. A empregabilidade surge assim como uma destas alternativas, sublinhando a importância de práticas de formação adequadas, que permitam aos colaboradores manterem-se competitivos e empregáveis, perante a volatilidade dos mercados de trabalho. O presente estudo pretende averiguar o efeito da Formação promotora de Empregabilidade no Compromisso afetivo dos colaboradores para com a organização empregadora, distinguindo-se ainda a Empregabilidade interna (valor para Organização) e Empregabilidade externa (valor no mercado de trabalho). Adicionalmente procurou-se avaliar a possibilidade de existência um efeito mediador da Insegurança Laboral nesta relação. Participou nesta investigação um total de 156 participantes, profissionalmente ativos em diferentes organizações. Os dados foram analisados com recurso à Análise de equações estruturais. Os resultados demonstram uma associação positiva entre a Formação como Promotora de empregabilidade e o Compromisso afetivo. Verificou-se também que a Insegurança laboral influência negativamente o Compromisso afetivo. Não foi encontrada uma relação significativa entre a variável Formação como Promotora de empregabilidade e a Insegurança laboral, inviabilizando também a hipótese de mediação. Conclui-se acerca da importância de minimizar o impacto da perceção de Insegurança laboral e o potencial de práticas de Formação adequadas para recuperar o Compromisso afetivo dos colaboradores para com a organização.