Clima social no trabalho numa empresa municipal

Autores

  • Fátima Lobo Universidade Católica Portuguesa/Braga
  • Maria do Céu Maciel Universidade Católica Portuguesa/Braga
  • Margarida Pinheiro Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.26537/iirh.v0i4.2049

Resumo

Objetivos: desenvolver um estudo empírico numa organização de economia mista sediada no norte de Portugal, tendo por base a “Social Climate Scale Work”. Pertinência: a natureza das tarefas (recolha do lixo), o tipo de horário (diurno e noturno) e o modelo empresarial (economia mista), constituíram elementos determinantes para esta investigação. Considerando também o aumento da concentração urbana e as exigências legislativas de tratamento de resíduos sólidos, esta investigação é ainda pertinente por analisar a representação que os trabalhadores possuem da sua organização e, neste sentido, poderá contribuir para novas formas de gestão de recursos humanos e de organização do trabalho. Identificação da problemática: avaliar a perceção dos colaboradores do clima organizacional relativamente às variáveis e dimensões prescritas pelo instrumento utilizado. Metodologia: para a avaliação do clima organizacional recorreu-se à escala de Clima Social no Trabalho (Moos & Insel, 1974), validada para a população portuguesa (Lobo & Fernández, 2001). Trata-se de um instrumento de respostas dicotómicas composto por 90 itens, três dimensões (Relações, Estabilidade/Mudança e Autorrealização), configuradas por dez subescalas (Implicação, Coesão, Apoio, Autonomia, Organização, Pressão, Clareza, Controlo, Inovação e Comodidade). Para os objetivos do presente estudo foi usada a forma R (Real), embora a escala apresente a forma I (Ideal) e E (Expectativas). Os dados foram submetidos a análise quantitativa através do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0 para o Windows. As variáveis sociodemográficas consideradas foram: género, idade, escolaridade, profissão, estado civil, vínculo, anos de serviço, horário e departamento. Resultados: os resultados obtidos indicam que, das variáveis sociodemográficas consideradas, a natureza do horário de trabalho é aquela que apresenta maior poder preditivo da perceção do clima organizacional, da implicação, da inovação e da comodidade. Por sua vez, a escolaridade é preditora dos níveis de controlo exercidos sobre o trabalhador, sendo que, as duas variáveis se relacionam negativamente. O trabalho noturno prediz o tipo de relações interpessoais, assim como a perceção de Estabilidade/Mudança.

Publicado

2014-04:-04

Como Citar

Lobo, F., Maciel, M. do C., & Pinheiro, M. (2014). Clima social no trabalho numa empresa municipal. Conferência - Investigação E Intervenção Em Recursos Humanos, (4). https://doi.org/10.26537/iirh.v0i4.2049