Por que investem as empresas na formação contínua?
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i2.2029Resumo
A importância da formação contínua é objeto de um consenso generalizado quer junto da comunidade científica quer dos responsáveis pela sua implementação nos mais variados contextos organizacionais. Todavia, em torno deste consenso, constroem-se significações e práticas radicalmente distintas que nos propomos analisar nesta comunicação. Assim, num primeiro momento pretendemos dar conta das diferentes configurações semânticas que a importância atribuída à formação profissional assume. Para tal, analisamos o papel que lhe é atribuído no quadro da teoria do capital humano e das suas reformulações mais recentes, das teorias de GRH e da teoria crítica. Num segundo momento, as práticas levadas a cabo pelas empresas são analisadas com base nos dados dos inquéritos à execução das ações de formação profissional. Esta abordagem de natureza macro permite-nos identificar as especificidades do investimento em formação profissional por parte das empresas portuguesas com mais de 10 trabalhadores e confirmar que a dimensão e o setor de atividade continuam a ser fatores determinantes para compreender o seu investimento.