Acerca de como a intervenção psicológica em orientação vocacional pode fazer a diferença na gestão dos recursos humanos

Resumo

Embora tradicionalmente as práticas de Orientação Vocacional estejam predominantemente associadas ao meio escolar e às necessidades de escolha formativa/profissional de públicos juvenis, o novo paradigma da aprendizagem ao longo da vida juntamente com os modelos teóricos de cariz desenvolvimentista e ecológico que contemporaneamente enformam a intervenção neste domínio, têm acentuado a pertinência de intervir com objetivos de desenvolvimento vocacional junto da população adulta e de expandir essas mesmas intervenções a todos os contextos nos quais a implementação de processos de Orientação Vocacional, possa, no quadro de uma abordagem psicológica, melhorar substancialmente a relação dos indivíduos com o aprender e com o trabalhar. Assim se compreende o crescente reconhecimento das potencialidades da intervenção psicológica vocacional no contexto organizacional como parte de uma estratégia de gestão de recursos humanos simultaneamente orientada para a produtividade e para a satisfação dos colaboradores. Na comunicação em causa exploram-se essas mesmas potencialidades identificando algumas das áreas de necessidades de intervenção de âmbito vocacional às quais se poderá acudir no local de trabalho tanto numa perspetiva de resposta a problemáticas existentes ou de ocorrência esperada como numa perspetiva de capacitação dos recursos humanos para a auto-gestão dos seus projetos profissionais e de vida em articulação com os objetivos das respetivas entidades empregadoras. Apresentar-se- ão alguns exemplos de intervenções desenhadas em função de pedidos específicos dirigidos, no último ano, ao Serviço de Consulta Psicológica de Orientação Vocacional ao Longo da Vida da FPCE da Universidade do Porto, pelos Departamentos de RH de duas empresas da região Norte.