A experiência da gestão internacional de RH numa empresa Logística portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i2.2018Resumo
As pequenas e médias empresas ativas no processo de internacionalização, deparam-se com vários obstáculos, revelando-se a expatriação de quadros e a definição e uma política de recursos humanos coerente e integrada na estratégia de internacionalização como aqueles que apresentam maiores desafios, sobretudo pela inexperiência internacional dos quadros e das empresas e pela dificuldade em mobilizar os trabalhadores para esta tarefa. A revisão da literatura mostra que, nas fases iniciais, as empresas empreendem processos pouco estruturados, sem uma política consistente, baseados na capacidade de negociação individual de cada expatriado. Revela-se, ainda, pouca preparação e acompanhamento no processo de expatriação. Adicionalmente, conclui-se ainda que a repatriação é pouco planeada e que o crescimento internacional, com a necessidade de recrutamento adicional de quadros cria conflitos e tensões nas empresas, nos expatriados e nos colaboradores na casa mãe. Neste trabalho, analisamos a política de recursos humanos internacional de uma empresa, no setor da logística, fortemente empenhada no processo de internacionalização, com investimento direto em Espanha. A metodologia baseia-se no estudo de caso, com recurso a informação secundária e a informação primária, com entrevistas ao Diretor de Recursos Humanos, expatriados e repatriados, garantindo-se, desta forma, a triangulação da informação. Com base na informação recolhida é possível evidenciar a relevância do planeamento do ciclo de expatriação, retirar várias ilações para este caso concreto e para a definição de uma política de recursos humanos internacional em PME internacionalizadas, de acordo com o seu ciclo de desenvolvimento internacional, para além de se discutirem algumas implicações teóricas e políticas.