Dilemas de uma sociedade em transformação. Responsabilidade social das organizações no apoio ao emprego
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i2.2010Resumo
Atualmente, às organizações e nas organizações exigem-se e valorizam-se, interna e externamente, práticas efetivas de responsabilidade social. Esta perspetiva, mais consentânea com a complexidade organizacional hodierna, fundamenta-se em académicos como Keith Davis, defensor intransigente de organizações responsáveis para com os clientes internos e externos, numa perspetiva de interação constante com a sociedade, numa lógica que ultrapassa, em muito, a mera dimensão economicista. Acresce que, atualmente, a questão da responsabilidade social não é exclusiva das empresas; outro tipo de organizações, dos mais variados setores, estão “obrigadas” a assumirem uma intervenção social que não se resume e esgota à atividade económica. Mas, se é, hoje, consensual identificarmos esta responsabilidade como um dever/direito (inevitavelmente) tripartido pelos setores privado, social e público, que papel caberá, neste quadro, ao Estado? Qual será, afinal, o impacto da RSE no setor público? É sobre estas questões que nos propomos debruçar nesta intervenção. Assim, selecionamos, para esta partilha de ideias, a reflexão sobre a atividade de um dos institutos públicos com maior destaque na sociedade portuguesa – o Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP (IEFP).Que práticas de responsabilidade social são possíveis e desejáveis no IEFP? Como articular tais práticas com a missão da organização? Como agir? Que tipo de envolvimento/parcerias serão possíveis com os empregadores? E com os indivíduos à procura de emprego? Poder-se-á definir o perfil do técnico superior de emprego? Estas serão as principais interrogações que nos propomos abordar nesta comunicação.