O papel negocial do departamento de GRH na “responsabilidade social”: um estudo qualitativo
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i2.2009Resumo
A investigação atual sobre negociação começou nos Estados Unidos, na segunda metade do século XX. A negociação revela-se vital para as organizações. A sua utilidade reside no fundamento dos seres humanos se virem impelidos a negociar por não poderem controlar tudo o que os rodeia. Estudar a negociação, na perspetiva da interação entre departamentos, implica uma perspetiva integrada destas unidades no processo negocial. Procura-se analisar o papel do Departamento de GRH na eficácia negocial, partindo- se do princípio de que quem gere os recursos humanos pode atuar como ‘intermediário’ negocial em áreas tão determinantes como a da Responsabilidade Social (Aggarwal e Bhargava, 2009; Beersma e Dreu, 2005; Sayli e Gormus, 2009). Este estudo tem por base a análise de 20 entrevistas realizadas a diretores de departamento(s) e unidade(s) que não o de RH sobre qual o papel negocial que o departamento que gere as pessoas tem no ‘contrato psicológico’. Destacam-se os resultados que indiciam que o comprometimento do Departamento de GRH nesta área será tanto mais efetivo quanto mais elevada for a sua posição na hierarquia. O poder negocial da gestão das pessoas, no que concerne à Responsabilidade social, é disseminado pelas diferentes hierarquias nas organizações e, muitas vezes, ultrapassa o Departamento de GRH.