Perceções de empregabilidade em trabalhadores desempregados com mais de 40 anos
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i2.1957Resumo
A semelhança da Europa, Portugal está a envelhecer rápida e acentuadamente. Este envelhecimento tem reflexos em todas as esferas da sociedade, nomeadamente ao nível do mercado de trabalho, obrigando a repensar a gestão dos recursos humanos, a “cultura” do trabalho e da formação. A própria situação económica com a mundialização, as novas condições de competitividade e a rarefação dos empregos contribui para um mercado de trabalho mais seletivo e discriminatório. Os trabalhadores mais idosos parecem ser mais afetados com essa nova realidade do mercado de trabalho, caracterizando-se por uma fraca empregabilidade e um desemprego de longa duração. Pretende-se compreender as variáveis que interferem na empregabilidade dos trabalhadores acima dos 40 anos ou seja, explorar se o fator “idade” constitui uma barreira ao emprego e se é sinónimo de ultrapassado. Este estudo procura perceber qual é o papel ou responsabilidade das empresas e dos próprios trabalhadores/desempregados neste processo de “empregabilidade” e ajudar este grupo etário, contrariando a tendência para trajetórias de exclusão, a favor de trajetórias de integração. Foi realizado um estudo exploratório em pme’s do norte do País, envolvendo desempregados e diretores de recursos humanos. Analisaram-se as perceções de desempregados com mais de 40 anos sobre a sua situação, os seus recursos pessoais e estratégias de resolução adotadas. Na perspetiva das empresas exploram-se as suas perceções sobre trabalhadores com mais de 40 anos e caracterizou-se a gestão destes trabalhadores.