Oportunidades de aprendizagem/formação e satisfação organizacional
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1922Resumo
A organização e gestão do trabalho, enquanto competência estratégica organizacional, quer-se capaz de fazer face à atual competitividade existente nos mercados, logo, implica que os trabalhadores possam beneficiar da utilização de um conjunto de boas práticas, fundadas em modos concretos de organização e gestão, ancorados na aprendizagem permanente, muito particularmente como alternativa a inteligências e saberes, mais ou menos estáticos, de apenas alguns dos colaboradores. Mas este desiderato só é possível quando é garantido (i) um sistema adequado de seleção e recrutamento, para a aquisição de competências individuais, (ii) um plano de formação profissional (treino, aperfeiçoamento e desenvolvimento) consistente com as exigências e oportunidades de mobilidade interna, e (iii) um sistema de informação eficiente e eficaz (Meignant, 1999). Contudo, estes objetivos só são concretizáveis se forem apoiados por um ambiente favorável de satisfação organizacional no seio dos Recursos Humanos. É neste sentido que procuramos avaliar, no contexto da indústria metalúrgica do norte do país, numa amostra de 578 sujeitos, através de estudos diferenciais, o impacto das Oportunidades de Aprendizagem e de Formação proporcionadas pela Empresa na satisfação organizacional. Os resultados salientam que o grupo de participantes que evidencia maior satisfação com as Oportunidades de Aprendizagem e de Formação, por comparação com o grupo de participantes que mostra menor satisfação, revela, também, maior satisfação em diversos indicadores da satisfação organizacional. Podemos, então, concluir que a satisfação com as oportunidades de aprendizagem e de formação, no contexto da indústria metalúrgica do norte do país, afeta muito positivamente o nível de Satisfação Organizacional.