É a gestão de recursos humanos (GRH) realmente importante? A força do sistema de GHR numa perspetiva de gestão
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1920Palavras-chave:
Sistemas GRH fortes;, GRH estratégica;, Força da situaçãoResumo
Mischel em 1973 propôs que a interpretação que as pessoas fazem das situações depende da força destas. Por exemplo, as situações ganham força graças à interpretação psicológica que as pessoas fazem dessas situações; quanto maior o grau de concordância dessas interpretações, maior a consonância quanto a comportamentos esperados e valorizados. Quando a situação é forte, as pessoas partilham interpretações de situações específicas, comportando-se de forma consistente com o que é exigido pela organização; melhorando a performance não só individual como organizacional. Em resumo, as situações fortes induzem a conformidade – força da situação – ou se a interpretação é ambígua – fraca situação. É tendo em conta estes pressupostos que Bowen e Ostroff (2004) referem que em situações psicologicamente fortes as pessoas partilham interpretações sobre particulares eventos, comportam-se de forma uniforme e consistente, e mostram orientações semelhantes face aos objetivos e desejos dos desempenhos standards. Em situações fracas as pessoas exibem mais diferenças em termos do que é na organização um comportamento aceitável e eficiente. Estes autores propõem o conceito de sistemas fortes de GRH, para definir a importância do sistema GRH na comunicação com os empregados. Baseados em entrevistas com 10 Gestores de RH seniores, analisámos os atributos que compõem um Sistema GRH (definidos como um conjunto de práticas da GRH) forte (ou fraco). Comparámos estes dados com as proposições teóricas de Bowen and Ostroff, e apresentámos algumas considerações face aos nove atributos definidos por estes autores.