Políticas e práticas de formação nas empresas: principais constrangimentos
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1909Resumo
Atualmente, a Gestão de Recursos Humanos refere necessidades distintas face à prática de formação profissional contínua em meio empresarial. Se por um lado existe a necessidade de assegurar um aumento significativo de indivíduos com acesso à formação nas várias fases da vida, também menciona a necessidade de assegurar a relevância e a qualidade do investimento na formação, concentrando os recursos nas formações mais críticas à adaptabilidade dos trabalhadores e à competitividade e necessidades das empresas. Neste sentido, na tentativa de melhor compreender as práticas vigentes de formação profissional contínua em contexto organizacional, foram efetuados dois estudos de caso que permitem descrever essas práticas, desde o momento da sua conceção até à avaliação da sua eficácia, tendo em conta os constrangimentos existentes no meio empresarial, determinantes na definição e execução das políticas de formação em articulação com a manutenção de outros projetos existentes na empresa (como a certificação da qualidade, por exemplo). Os principais resultados apontam para um interesse particular em responder às exigências específicas deste meio, principalmente no que diz respeito ao cumprimento das políticas e dos procedimentos de formação instituídos, verificando-se que nos Departamentos de Recursos Humanos as preocupações com a formação acabavam por se centrar mais na necessidade de cumprir as normas/requisitos que garantem os projetos valorizados pela empresa e não tanto a reflexão sobre a correspondência entre as necessidades formativas e o impacto que uma determinada ação de formação acabou por ter.