O alcoolismo nas organizações: estudo do caso da TAP
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1897Resumo
Entende-se por alcoolismo, num sentido amplo, o problema social determinado pelo consumo excessivo de álcool num grupo (Freixa e Soler Insa, 1981, citado por Gual, 2006). O consumo de bebidas alcoólicas encontra-se profundamente enraizado na cultura ocidental em geral e na mediterrânica em particular, (Ruiloba, J.V., 2006) estando de certa forma relacionado com indivíduos do sexo masculino e que trabalham, normalmente, na construção civil, função pública e forças armadas (Morel, A. 2001). O abuso de drogas e álcool são o maior dos problemas no local de trabalho. Provocam a mais baixa das produtividades e a taxa mais alta de absentismo (Megia, L., 1995). Quando, no meio laboral, aparece um disfuncionamento ligado ao álcool, instala-se a camuflagem dos erros cometidos ou das falhas graves - esta atitude agrava o problema (Ouvrard, 1996). Relativamente ao álcool a empresa deve centrar-se na obtenção de condições para a sua regressão de modo a aumentar a segurança no trabalho (UGT, 1995). No âmbito da higiene e segurança no trabalho, iremo-nos debruçar sobre a problemática do alcoolismo nas organizações, por ser um tema que consideramos ter cada vez mais importância, pois são os trabalhadores que sustentam a base da organização. Através da UCS - Cuidados Integrados de Saúde, S.A. - criada pela TAP em 1995, iremos apresentar o caso dos trabalhadores da TAP, explicando a dimensão do problema, as medidas que tomam. Finalmente, serão abordadas as barreiras que os trabalhadores encontram no regresso do pós-tratamento.