O novo papel da gestão dos recursos humanos: a relação da força da gestão dos recursos humanos com uma estratégia baseada na improvisação
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1890Resumo
Ao longo dos últimos vinte anos, devido às forças das envolventes internas e externas, a Gestão dos Recursos Humanos (GRH) deixou de atuar nas áreas exclusivamente funcionais, para se tornar num parceiro estratégico em termos organizacionais. Autores como Becker & Sheehan, (2005) defendem a necessidade de um constante alinhamento horizontal, entre as práticas de GRH, e vertical, entre as práticas de GRH e a estratégia organizacional, para se atingir uma boa performance, Acreditamos que através de conceitos como a Força da Gestão de Recursos Humanos - FGRH (Bowen & Ostroff, 2004), a Força da Situação (Michael, 1973), sendo esta traduzida em Climas Fortes (Schneider et al., 2002) e Culturas Fortes (Schein, 1981) e uma Estratégia baseada na Improvisação (Kamoche & Cunha, 2001; Weick, 1995, Hatch, 1999) é possível garantir este duplo alinhamento. Dentro deste contexto, o objetivo deste estudo correlacional é o de contribuir para a compreensão da relação entre a GRH e a estratégia organizacional, num call center de um Grupo Empresarial Português a operar no mercado das telecomunicações. Para tal foi concebido um modelo de investigação tendo como intuito aferir de que modo a FGRH influência a improvisação, tendo como mediadores o clima e cultura, ou seja, a força da situação. As hipóteses analisadas pelo método quantitativo, através dos modelos de equações estruturais, indicaram uma relação significativa entre a FGRH e a improvisação, tendo como mediador a cultura organizacional.