Fontes de stress no contexto policial: estudo de caso

Autores

  • Sónia P. Gonçalves CIS-ISCTE/IUL
  • José Gonçalves das Neves ISCTE/IUL
  • Estelle Morin HEC-MONTREAL

DOI:

https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1880

Resumo

As organizações e os seus recursos humanos são confrontados diariamente com exigências associadas à sua atividade, as quais constituem potenciais fontes de stress. A ocorrência de mudanças institucionais e sociais introduzem nestes contextos exigências adicionais, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de stress laboral. As instituições policiais e os seus profissionais, pela natureza específica da sua atividade, são consideradas como particularmente vulneráveis ao desenvolvimento de stress. Neste artigo apresenta-se um estudode caso realizado com o principal objetivo de identificar as fontes de stress específicas dos polícias. A pesquisa contemplou o levantamento por questionário das fontes de stress percecionadas por profissionais de uma instituição policial, bem como a realização de entrevistas de grupo. Realizou-se ainda, uma análise comparativa com dados de 2004 provenientes da mesma instituição. Os resultados apontam para um conjunto de fontes de stress que se agrupam em sete dimensões, a saber: gestão interna, atuação operacional, conciliação trabalho-família, exigências do ambiente de trabalho, reconhecimento, ambiguidade de papel e relações interpessoais. Os resultados comparativos apontam para diferenças entre 2004 e 2009 ao nível das fontes de stress percecionadas, sendo que de uma forma geral há uma melhoria significativa das situações de stress, com exceção da tendência de deterioração das relações interpessoais. Nas entrevistas foi possível perceber que estas diferenças parecem estar associadas ao facto da instituição estar a passar por um processo de mudança estrutural.

Publicado

2014-04-04

Como Citar

Gonçalves, S. P., Neves, J. G. das, & Morin, E. (2014). Fontes de stress no contexto policial: estudo de caso. Conferência - Investigação E Intervenção Em Recursos Humanos, (1). https://doi.org/10.26537/iirh.v0i1.1880