Competências de gestão: contributo para a validação de um instrumento
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i3.1871Resumo
Dando continuidade à adaptação de um instrumento de análise de competências de gestão, este trabalho ilustra a validação desse instrumento, com recurso à análise fatorial confirmatória (CFA) como metodologia. O instrumento foi construído, tendo como referencial teórico o modelo de Quinn e Rohrbaugh (1983). O modelo conceptual em estudo insere-se no âmbito do competing values framework (CVF), desenvolvido por Quinn e Rohrbaugh (1983) e Quinn (1988), e identifica oito papéis de gestão que os gestores eficazes desempenham. Esses oito papéis integram os grandes modelos da teoria de gestão organizacional. Cada papel compreende três competências, congregando o modelo total um conjunto de 24 competências de gestão (Quinn, Faerman, Thompson, & Michael, 1990). Partimos de um primeiro estudo do qual resultou uma escala percetiva de competências de gestão constituída por 48 itens, com boas propriedades métricas, que fomos procurar afinar (Felício, Lopes, Salgueiro, & Parreira, 2007). O questionário final usado neste estudo contém 48 itens, dois para cada competência de gestão, medidos através de uma escala tipo Likert de cinco pontos. Foi utilizada uma amostra de 434 indivíduos, dos quais 186 são gestores de topo de 50 empresas dos setores ditos tradicionais (confeção, têxtil, calçado, cortiça e mobiliário), localizadas no norte do país, que derem resposta a um total de 633 questionários. A utilização do LISREL 8.80 para testar um modelo de análise fatorial confirmatória permitiu refinar o instrumento. Foram obtidos resultados que sugerem que esta versão portuguesa do questionário de competências de gestão apresenta boas propriedades psicométricas. O modelo proposto proporciona aos investigadores um instrumento válido para analisar competências de gestão em estudos organizacionais, oferecendo aos profissionais de recursos humanos um instrumento valioso para desenvolver gestores eficazes.