Responsabilidade social das organizações e relações de trabalho

Resumo

Num momento histórico pautado pela insegurança, pela incerteza e até por um sentimento (comum) de descrédito na nossa economia, nas políticas do país e, sobretudo, no nosso mercado de trabalho, questionamo-nos sobre aquele que é ou poderá ser o papel das nossas organizações no processo de mudança que tanto ambicionamos. É um facto que, atualmente, às organizações e nas organizações se exige cada vez mais práticas efetivas de responsabilidade social que estejam à altura dos gigantescos desafios que (já) enfrentamos e aqueles que (ainda) nos esperam. Por outro lado, ao falarmos de responsabilidade social das organizações, não podemos excluir o seu papel nas relações laborais. Importa questionar os papéis que poderão ter as práticas de responsabilidade social no combate ao desemprego, especialmente num momento, como já referimos, marcado por inúmeras dificuldades, sentidas à escala mundial. Aproveitando o tema desta conferência – mais atual e pertinente do que nunca – sugerimos um debate sobre a “ importância que o trabalho tem, hoje, na vida das pessoas”; “como está ou poderá estar a Responsabilidade Social ao serviço da sociedade”; “como podem estas práticas evitar e/ou combater o desemprego” e se “será possível criar emprego num cenário como o que vivemos hoje? Mas, então, de que práticas falamos e para que desafios estaremos nós preparados? Na nossa opinião, uma gestão para a cidadania tem, obrigatoriamente, que incluir a RS como uma divisa que deverá ser desenvolvida por todos os atores de uma sociedade e não apenas por alguns. Não podemos, contudo, esquecer que alguns desses atores têm mais recursos para o fazer e devem ser chamados a intervir primeiro. É sobre estas questões que nos propomos refletir.