O fim do “emprego para a vida” e o novo paradigma da gestão proteana das carreiras
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i3.1842Resumo
Num contexto de rápida mudança que tem afetado decisivamente as modalidades de trabalho nos últimos anos, é percetível a volatilidade das carreiras profissionais. Se, por um lado, até há 20 anos atrás a máxima do “emprego para a vida” se adequava, é certo que, hoje em dia, a rotatividade entre postos de trabalho e a flexibilidade exigida aos indivíduos desmobiliza a assunção sedentária desta lógica e substitui-a por uma gestão de carreira profissional auto-direcionada, relevando a proatividade dos trabalhadores. Contudo, as recentes exigências do mercado despoletaram uma conflitualidade latente entre a tradicional gestão de carreira professada pelas organizações e os propósitos dos colaboradores que, movidos pela necessidade de abraçarem novos desafios, quer pelo ponto de vista pessoal quer do ponto de vista profissional e desenvolvimental, assumiram as rédeas dos seus trajetos profissionais e enveredaram por uma gestão Proteana da sua carreira. Como tal, e com o intuito de alcançar uma compreensão mais aprofundada acerca da forma como os indivíduos representam e se posicionam perante a viabilidade de agenciarem os seus projetos profissionais, é propósito desta comunicação explorar os traços significantes desta tendência crescente tendo como ponto de partida a análise da literatura mais relevante no domínio da gestão das carreiras, assim como resultados preliminares de uma investigação de traçado metodológico qualitativo que está a ser desenvolvida com esse fim.