Da gestão de recursos humanos à análise financeira dos gastos

Autores

  • Rute Abreu Escola Superior de Tecnologia e Gestão/IPG
  • Fátima David Escola Superior de Tecnologia e Gestão/IPG

DOI:

https://doi.org/10.26537/iirh.v0i3.1835

Resumo

A exigência de uma maior transparência nos negócios tem forçado as empresas, em geral, e as do setor bancário, em particular, a adotarem uma postura cada vez mais responsável na sociedade. De facto, existe um vasto leque de empresas, especificamente do setor bancário, que defendem a responsabilidade social como promotora das políticas laborais, em detrimento de fatores economicistas. Apesar de, no atual contexto de crise dos mercados financeiros, a redução dos quadros de pessoal das instituições bancárias, por si só, constituir um dos argumentos mais usuais para fundamentar as estratégias seguidas no controlo anual dos gastos, tem-se verificado que surgem outros argumentos na defesa da continuidade dos trabalhadores no seu posto de trabalho, quer a curto prazo, quer a médio e longo prazo. No sentido da prossecução dos objetivos da teoria da legitimidade defendida por Mautz (1963), esta investigação tem aplicação direta ao registo contabilístico dos recursos humanos e, de forma mais específica, à análise financeira das políticas seguidas nesta área funcional. Entre as definições expressas na literatura sobre esta teoria salienta-se a de Birch (1993), ao considerar que a legitimidade é “o direito de livre escrutínio face ao poder legislativo”. Enquanto, Luthardt e Zimmermann (2009) defendem que a mesma teoria se baseia na combinação dos princípios do debate público (deliberação) e da responsabilidade de prestação de contas (accountability). Assim, em termos de análise exploratória, este trabalho suporta-se no Boletim Informativo (e estatístico) publicado anualmente pela Associação Portuguesa de Bancos, que, para além de divulgar a prestação de contas das empresas do setor bancário, seja de forma individualizada, seja de forma agregada do setor de atividade, apresenta os dados inerentes à área de recursos humanos das instituições associadas. Como a apresentação deste tipo de informação possui carácter voluntário, facilmente se conclui que, no momento da prestação de contas aos stakeholders, se reduz substancialmente o seu alcance. Neste sentido, a contribuição desta investigação consubstancia-se nos resultados alcançados com a mesma, nomeadamente ao constatar-se a perda de relevância da situação de precariedade e o aumento da especialização dos trabalhadores, com o consequente aumento dos valores salariais e das regalias em termos sociais.

Publicado

2014-04:-04

Como Citar

Abreu, R., & David, F. (2014). Da gestão de recursos humanos à análise financeira dos gastos. Conferência - Investigação E Intervenção Em Recursos Humanos, (3). https://doi.org/10.26537/iirh.v0i3.1835