Práticas de recursos humanos e reciprocidade dos trabalhadores temporários e permanentes
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i3.1815Resumo
Com a crescente utilização do trabalho temporário como forma alternativa de emprego, surge a necessidade de perceber em que medida esta forma de trabalho pode diferir do trabalho permanente na relação de emprego estabelecida entre os trabalhadores e a empresa na qual trabalham. Neste estudo utilizou-se uma amostra de trabalhadores temporários (N=291) e permanentes (N=730) provenientes de três empresas portuguesas, duas do setor industrial e uma do setor dos call center. Os resultados obtidos permitiram verificar que independentemente do contrato de trabalho a perceção das práticas dos recursos humanos (RH) contribuíam para a perceção do cumprimento do contrato psicológico por parte da empresa. Além disso, e seguindo a norma da reciprocidade, observámos que quando os trabalhadores, temporários e permanentes, percebiam o cumprimento das obrigações por parte da organização, mostravam mais implicação afetiva para com a mesma. Verificámos ainda que o cumprimento do contrato psicológico mediava a relação entre as práticas de RH e a implicação afetiva para trabalhadores permanentes e temporários. As implicações práticas destes resultados são discutidas para a gestão de recursos humanos dos trabalhadores temporários.