As práticas de gestão de recursos humanos e o comportamento organizacional afetivo: a virtuosidade organizacional como mediador
DOI:
https://doi.org/10.26537/iirh.v0i3.1779Resumo
Nas últimas décadas a investigação em torno das práticas de gestão de recursos humanos (PGRH) tem estado focada nas questões do desempenho, com um grande número de pesquisas a procurar estabelecer qual o impacto destas práticas nos resultados das empresas. No caso dos recursos humanos, os resultados encontram-se ao nível do absentismo, turnover, e o comprometimento organizacional, entre outros (Dyer e Reeves, 1995). O comprometimento organizacional é um conceito que ocupa um lugar central em muitos modelos explicativos do comportamento dos indivíduos nas organizações, incluindo os que procuram explicar as relações entre PGRH e o desempenho. Utilizaremos o conceito de comprometimento organizacional afetivo de Meyer e Allen (1991), uma vez que entre os seus antecedentes se encontram as experiências de trabalho, como a autonomia, as recompensas baseadas no desempenho, a oportunidade de desenvolvimento, e a participação no processo de decisão, que fazem parte da nossa escala de PGRH, e que os autores consideram ter relações mais consistentes com este constructo. A virtuosidade organizacional, é considerada por Cameron (2004) como geradora de vários tipos de consequências positivas na organização, entre as quais o facilitar da comunicação e cooperação, aumentar o comprometimento dos empregados, a aprendizagem individual, o reforço das relações e o envolvimento. Esta nossa pesquisa, procurará determinar se é possível encontrar uma relação entre as PGRH e o comprometimento organizacional, e se essa relação é ou não mediada pela virtuosidade organizacional.