Eduardo Prado Coelho e a crónica como espaço para pensar a cultura

Autores

  • Susana Pimenta Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Daniela Fonseca Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

DOI:

https://doi.org/10.34630/e-rei.vi11.5295

Palavras-chave:

Eduardo Prado Coelho, crónica, cultura, jornalismo cultural

Resumo

A cultura, um campo de tensões políticas e sociais, pouco discutido no espaço  público e para o grande público, tem nas crónicas de Eduardo Prado Coelho (1944-2007) um lugar privilegiado. Este artigo tem o propósito de analisar a coletânea Crónicas:
política e cultura (2019), de forma a problematizar o papel da crónica no jornalismo cultural e reconstruir o paradigma cultural que Prado Coelho ambicionou para Portugal.
As Crónicas, publicadas ao longo de vários anos na imprensa, afiguram-se como exemplo de um espaço (porventura ainda) útil, público e crítico, onde o autor, de forma simples e acutilante, dissecou as políticas culturais portuguesas, numa visão glocal daquilo que considerava ser a cultura: um direito essencial a todos(as). 

Biografias Autor

Susana Pimenta, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Susana Pimenta é doutorada em Ciências da Cultura (2016), pela Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro. É autora de Dinâmicas coloniais e pós-coloniais. Os casos de Reis Ventura,
Guilhermina de Azeredo e Castro Soromenho (2018) e co-editora de Camilo: o homem, o génio e o tempo (2017), Camilo: o homem, o génio e o tempo II (2018), Portugal na (e no tempo da) Grande Guerra (2018) e O mundo colonial português: representações, memórias e heranças (2023). Atualmente leciona na área das ciências da cultura na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e na área das culturas lusófonas no Instituto Politécnico de Bragança. É membro integrado do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho. A pesquisa centra-se nas áreas dos estudos de cultura e dos estudos pós-coloniais, em particular em torno das representações culturais e da memória cultural.

Daniela Fonseca, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Daniela Esperança Monteiro da Fonseca. Licenciada em Comunicação Social (2000) e Mestre
em Ciências da Comunicação (2004), pela Universidade do Minho. É doutorada, desde 2014, em
Ciências da Comunicação, pela UBI. Trabalhou, durante 2 anos, como assessora de imprensa no Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (Porto), e leciona, desde 2007, na UTAD. Foi diretora do Mestrado em Ciências da Comunicação, de 2017-2021 e vicediretora da licenciatura em Comunicação e Multimédia, no mesmo período. É investigadora integrada do CECS, desde 2021, e foi investigadora Labcom, de 2011-2021. Fez parte do Conselho-Geral da UTAD, de dezembro de 2020 a 14 de maio de 2021, tendo sido eleita para as funções de Secretária do órgão, de janeiro de 2021 até 14 de maio, data em que tomou posse como Pró-reitora para a Cultura, Comunicação e Imagem.

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Publicado

2023-08-02

Como Citar

Pimenta, S., & Fonseca, D. (2023). Eduardo Prado Coelho e a crónica como espaço para pensar a cultura . E- Revista De Estudos Interculturais , (11). https://doi.org/10.34630/e-rei.vi11.5295

Edição

Secção

Artigos