Origem: Aleppo; Destino: Castelo Branco –O Roteiro de um Processo de Integração de Refugiados em Portugal
DOI :
https://doi.org/10.34630/erei.v1i7.4075Mots-clés :
Integração de refugiados, mediação intercultural, investigação-ação, rede articulada de intervenção, inclusão escolarRésumé
Tendo como pano de fundo a problemática da integração de refugiados na sociedade portuguesa, o presente artigo pretende ser um contributo centrado numa descrição reflexiva sobre um caso único, evidenciando o percurso de acolhimento e integração de uma família de refugiados numa cidade do interior de Portugal. O número ainda inexpressivo de refugiados em território nacional tem contribuído para a ausência de estudos académicos e de reflexões sobre as vivências e as dificuldades sentidas no processo de acolhimento e de integração no território português. De acordo com os objetivos e o contexto de realização do estudo, optou-se por um desenho metodológico de uma investigação-ação colaborativa. Esta metodologia permitiu cumprir o duplo objetivo de nos permitir conhecer e caracterizar a realidade em análise e intervir no sentido de implementar o processo de integração de uma família de refugiados, recem chegados à cidade de Castelo Branco, durante um período temporal de 1 ano e 4 meses. Tivemos como guia alguns dos procedimentos identificados no eixo de atuação “Famílias” da responsabilidade da PAR, bem como o suporte concetual e operativo da mediação intercultural explicitada no enquadramento do artigo. A análise dos dados recolhidos permite-nos afirmar que foi possível iniciar um percurso que vai ao encontro de dimensões estruturantes do processo de integração social e, muito particularmente, do processo de inclusão escolar das 7 crianças da família em análise. Na descrição efetuada destacámos os aspetos mais positivos do percurso desta família em território nacional mas identificámos também constrangimentos e dificuldades. O delineamento da pesquisa revelou-se adequado às circunstâncias e aos objetivos do estudo, permitindo organizar dados, definir estratégias e implementar dinâmicas promotoras do processo de integração e, paralelamente, o desenvolvimento pessoal e/ou profissional dos intervenientes. Envolver a família no processo, ouvindo e considerando a sua “voz”, contribuiu para uma aprendizagem em ação e para a capacitação de todos os intervenientes, reforçando uma rede de articulação fundamental para dar resposta ao problema subjacente ao presente estudo.
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