Luiza Neto Jorge e Paula Rego: O Diabólico da Metamorfose

Autores

  • Maria João Cameira Centro de Estudos Interculturais, ISCAP-P.PORTO

DOI:

https://doi.org/10.34630/erei.v2i7.4111

Palavras-chave:

Luiza Neto Jorge, Paula Rego, Surrealismo, devir deleuziano, grotesco, feminina na poesia

Resumo

Através da análise comparativa do poema «Metamorfose» de Terra Imóvel
de Luiza Neto Jorge e do conjunto de seis telas de A Dama Pé-de-Cabra de Paula Rego,
pretende-se destacar um conjunto significativo de traços comuns às obras das duas
artistas. Embora o primeiro tenha sido publicado em 1964 e o segundo tenha surgido
quase 50 anos mais tarde em 2012, salienta-se a matriz surrealista de ambas na qual se
incluem traços como a valorização da mulher, a violência, a agressividade, o choque, a
estranheza, a transgressão, a diluição entre o real e o imaginário, a desconstrução do
divino, o mundo “às avessas” e o humor. A partir da interpretação das duas obras,
destaca-se o recurso ao «devir deleuziano» a intensificar a metamorfose e ao «grotesco
belo» e diabólico, como subversão e insurreição da linguagem e estratégia de afirmação
feminina na poesia e na pintura.

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Publicado

2021-10-15

Como Citar

Cameira, M. J. . (2021). Luiza Neto Jorge e Paula Rego: O Diabólico da Metamorfose . E- Revista De Estudos Interculturais , 2(7, Vol. 2). https://doi.org/10.34630/erei.v2i7.4111

Edição

Secção

Artigos