Veado e veadeiros na procissão do Círio de Nazaré: O mito medieval português de Dom Fuas Roupinho reencenado inconscientemente na Festa gay da Chiquita
DOI:
https://doi.org/10.34630/erei.vi6.4045Palavras-chave:
Festa da Chiquita, azulejo medieval português, Círio de NazaréResumo
o objetivo dessa pesquisa é conhecer a dinâmica da Festa da Chiquita, na cidade de Belém do Pará, Amazônia, Brasil, aplicando a técnica da analogia com o mito de Dom Fuas Roupinho que se encontra visualmente gravado no azulejo histórico da Capela da Memória, em Nazaré, Portugal. O resultado desse procedimento metodológico mostra que a Festa da Chiquita reencena o azulejo mitológico de Portugal, inconscientemente; além disso, ele coloca em evidência a figura do veado que é um símbolo gay; proporcionando finalmente um espaço simbólico de reflexão aos participantes que são induzidos a repensar acerca do melhor caminho que veado e veadeiros poderiam seguir em suas vidas. Contribui esse estudo mostrando pelo viés analógico que a Festa popular da Chiquita não é estranha à Tradição nem à Espiritualidade do Círio de Nazaré, pois no próprio azulejo histórico português é retratado de forma explosiva o embate entre o Bem e o Mal, o Sagrado e o Profano, a Ordem e o Caos, a Vida e a Morte, destacando-se Nossa Senhora no Céu entre raios e trovões.
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