PATTERNS OF HUMAN-MACHINE INTERACTION IN LEGAL AND INSTITUTIONAL TRANSLATION: FROM HYPE TO FACT
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.vi.5750Resumo
Após vários anos de intensas adaptações tecnológicas no sector da tradução, é necessário fazer um balanço das suas implicações, especialmente no que diz respeito à integração da tradução automática (TA) nos fluxos de trabalho. Este artigo apresenta os resultados de um inquérito em larga escala relativo à utilização de inputs gerados por máquinas, nomeadamente através de memórias de tradução (MT) e de sistemas de TA, em várias organizações internacionais. Após algumas considerações sobre a relevância da tradução jurídica em contextos institucionais internacionais, são comparados os padrões de utilização de ferramentas informáticas na tradução de documentos jurídicos, por oposição a outros textos nesses contextos, e a forma como esses padrões variam consoante as organizações ou os perfis dos tradutores. Os resultados revelam um cenário de “tradução aumentada” generalizada, mas com a utilização predominante de MT como ferramentas adequadas para verificar a relevância e a fiabilidade das fontes de traduções anteriores, enquanto as sugestões de pós-edição da TA são integradas aproximadamente em dois terços dos casos, ou ligeiramente menos frequentemente no caso da tradução jurídica. Isto sugere uma abordagem mais cautelosa da interação homem-máquina para a tradução de textos jurídicos, o que também se reflete em variações entre instituições. A tradução “de raiz” limita-se a uma minoria de casos, ao passo que as pontuações por grupos de perfis de acordo com a formação em domínios específicos e com o nível de experiência são muito semelhantes em todas as instituições. A panorâmica fornecida por estes dados serve para desmistificar alguns dos mitos que têm vindo a encorajar o entusiasmo pela TA nos últimos anos.
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