VOICES IN SEARCH OF A READER: THE POLYPHONIC WRITING OF ANTÓNIO LOBO ANTUNES
DOI:
https://doi.org/10.34630/polissema.vi9.3233Palavras-chave:
Vozes, Silêncio, Guerra Colonial, Indiferença, Deslocação, Memória, história, Tempo da Narrativa, Traumas de GuerraResumo
O presente artigo visa analisar a escrita do autor português António Lobo Antunes, considerado um dos maiores escritores da literatura europeia com 26 livros publicados, focando as estratégias empregues nos seus textos para a criação de micro-narrativas dentro do enquadramento principal, através de elementos retirados da memória individual e colectiva, passada e presente, o eu e o outro, servindo-se simultaneamente de várias vozes e silêncios. Lobo Antunes integra na sua escrita a sua formação enquanto psiquiatra no Hospital Júlio de Matos em Lisboa, até 1985 (altura em que decidiu dedicar-se em exclusividade à escrita), a sua experiência enquanto médico na Guerra Colonial Portuguesa, mas também as rotinas diárias do pré e pós 25 de Abril de 1974 com detalhes irónicos e subtis do quotidiano da classe média alta da sociedade lisboeta: dos traumas da Guerra, da história simples do porteiro, ou do casal que luta para manter intacto e funcional o seu casamento, tudo serve de material para desenvolver e tecer um enredo complexo, que muitos leitores consideram labiríntico e difícil de acompanhar. Alguns excertos retirados dos primeiros três romances e livros de crónicas e da obra Ontem não te Vi em Babilónia (2006) serão apresentados para exemplificar a complexidade da sua escrita e as dificuldades que esta coloca ao leitor, perdido numa multiplicidade de vozes de narradores.
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