Fisioterapia e cancro de mama

Abstract

O cancro é considerado um grande problema de saúde pública a nível mundial, sendo importante causa de morbilidade e mortalidade [1]. Existe um aumento da sua incidência e prevê-se que venha a aumentar. Segundo a International Agency for Recearch on Cancer (Globocan 2020), em Portugal o cancro de mama é o mais incidente (24,5%), no caso das mulheres, no entanto, com a evolução e aumento da eficácia dos tratamentos, e deteção precoce, a sua mortalidade tem vindo a diminuir, levando assim a uma prevalência de casos significativa (30,5%) [2]. As mulheres diagnosticadas com cancro de mama, são submetidas a tratamentos que acarretam complicações/sequelas, que apresentam alto impacto na sua qualidade de vida. Esta palestra teve como principal objetivo demonstrar o impacto da fisioterapia e do exercício físico na melhoria da qualidade de vida das doentes com cancro de mama submetidas a tratamentos oncológicos. A apresentação baseou-se em pesquisa bibliográfica de referência sobre a temática, concluindo que a fisioterapia contribui na prevenção e tratamento de complicações, quer numa fase pós-cirúrgica, como no decorrer de todo o processo de tratamentos, melhorando a qualidade de vida destas doentes. As guidelines apoiam os programas de reabilitação para a gestão dos efeitos secundários dos tratamentos oncológicos, sendo um serviço reconhecido e necessário nos cuidados de saúde ao doente oncológico [3]. Quanto ao exercício físico, a conclusão geral da evidência científica indica que este é seguro e bem tolerado, durante todo o processo de tratamentos, podendo contribuir para a melhoria de alguns outcomes [4], nomeadamente melhoria da fadiga. Apesar do aumento da evidência científica, a reabilitação em oncologia é um serviço subutilizado, que contribui para o aumento da morbilidade nos sobreviventes de cancro [4].