O Impacto Como Matéria: Impacto Da Revolução Industrial Na Estética Contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.34630/e-rei.vi13.6334Palavras-chave:
Materialidade, Fenomenologia, Industrial, ArteResumo
Esta investigação propõe-se a explorar a interseção entre a materialidade industrial e a sua incorporação na prática artística contemporânea, adotando uma perspetiva fenomenológica para investigar como materiais industriais, podem transformar-se em veículos de expressão artística sensível e poética. Adotando uma perspetiva teórica e crítica, analisa-se de que forma a industrialização reconfigurou a perceção do mundo moderno e influenciou a produção artística. Dividido em três secções, o estudo inicia-se com uma análise da Revolução Industrial enquanto fenómeno transformador das estruturas económicas, sociais e culturais, enfatizando o seu impacto na relação entre arte e tecnologia.
Analisa-se posteriormente como a estética do industrial pode subverter perceções tradicionais, oferecendo uma experiência sensorial complexa e diversificada. Para isso, recorrem-se a conceitos de Maurice Merleau-Ponty, Edmund Husserl, Martin Heidegger e Gilles Deleuze e Félix Guattari, que permitem compreender a industrialização não apenas como um processo mecânico, mas como um elemento estruturante da perceção contemporânea. A terceira parte examina o industrial como elemento central da prática artística, evidenciando como diferentes artistas exploram materiais, processos e referências industriais na criação de obras que questionam os limites da arte e da experiência estética. Esta abordagem visa demonstrar a relevância teórica e prática de um diálogo entre a arte e a industrialização, sublinhando o modo como a produção artística contemporânea repensar os vestígios da paisagem, conferindo-lhes novas dimensões expressivas e conceptuais. Esta estrutura visa ampliar o diálogo entre a prática artística e a experiência estética, reforçando a capacidade da arte contemporânea de enriquecer a compreensão humana.
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