Estereótipo e Preconceito num Mundo Intercultural: Será que a inteligência artificial poderá se libertar dos modelos estabelecidos?

Autores

  • Patricio Dugnani Universidade Presbetiriana Mackenzie, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.34630/e-rei.vi13.6311

Palavras-chave:

Inteligência Artificial, Estereótipo, Interculturalidade

Resumo

: Esse artigo pretende analisar, por um viés metodológico exploratório e de estudo de caso, um fato recente, noticiado pelo Jornal Folha de São Paulo, publicado em 2024, sobre uma ação que foi pedida ao ChatGPT e que pareceu, para parte da opinião pública, uma representação que reforça o estereótipo da mulher brasileira. Acredita-se que a Inteligência Artificial apenas reflete o sistema de representações do imaginário humano, pois busca seus dados no mundo virtual, e os recombina, por isso tende a reforçar estereótipos ao invés de criar novos modelos. Nesse sentido, o uso da Inteligência Artificial, tende a causar o aumento dos discursos preconceituosos, além de fortalecer uma uniformização da cultura mundial. Sendo assim, acredita-se que os estudos sobre a interculturalidade podem trazer reflexões importantes para essas questões. 

Biografia Autor

Patricio Dugnani, Universidade Presbetiriana Mackenzie, Brasil

Professor e tutor de pesquisa do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP). Pesquisador do grupo de pesquisa Linguagens e Narrativas Interculturais (CNPQ) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pesquisador e Autor de livros, capítulos, artigos científicos com os seguintes temas: Comunicação, Meios de Comunicação, Artes, Semiótica, Cultura, Interculturalidade, Pós-modernidade, Hipermodernidade, Globalização, Barroco, Azulejaria. Livros publicados: A Herança Simbólica na Azulejaria Barroca (2012), O Livro dos Labirintos (2004). Autor e Ilustrador de livros: Ovelhas e Lobos (2002), Beleléu (2003/ PNLD 2004), O Seu Lugar (2005/ PNLD 2006), Um Mundo Melhor (2006), Beleléu e os Números (2009), Beleléu e as Cores (2010), 

Beleléu e as Formas (2011), Beleléu e as Palavras (2014), O que é preciso para voar (2020).

Referências

Adorno, T. W. e Horkheimer, M. (2000). Indústria Cultural: O Iluminismo como mistificação das Massas. In: Lima, L. C. (2000). Teorias da Cultura de Massa. São Paulo: Paz & Terra.

Cabecinhas, R. (org.). (2008). Comunicação Intercultural Perspectivas, Dilemas e Desafios.

Editora Campo das Letras e o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Porto.

Ferrari, M. A. (2015). Comunicação Intercultural: Perspectivas, Dilemas e Desafios. Em: Moura, C. P; Ferrari, M. A. (orgs.). Comunicação, Interculturalidade e Organização: faces e dimensões da contemporaneidade. Porto Alegre: EDIPUCRS.

Gardner, B. (2024). Os algoritmos estão em toda parte. MIT, Technology Review Brasil. Disponível em: https://mittechreview.com.br/os-algoritmos-estao-em-toda-parte/

Kaufmann, D. (2016). Inteligência artificial: questões éticas a serem enfrentadas. ABciber.Chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://abciber.org.br/anaiseletroni cos/wpcontent/uploads/2016/trabalhos/inteligencia_artificial_questoes_eticas_a_serem_enfrentadas _dora_ kaufman.pdf

Kunsch, M. M. K. (2017). Comunicação Intercultural e Cidadania em tempos de Globalização. Em: A internacionalização das comunidades lusófonas e ibero-americanas de Ciências Sociais e Humanas – o caso das Ciências da Comunicação. Minho: CECS.

<http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/article/view/2729>.

Macedo, I.; Balbé, A.; Cabecinhas, R. (2023). Cultura visual, educação e comunicação intercultural: grupos de discussão com estudantes no ensino secundário português. Educação em Foco, [S. l.], v. 26, n. 48. DOI: 10.36704/eef.v26i48.7145. https://revista.uemg.br/index.php/educacaoemfoco/article/view/7145.

Rossetti, R. e Angeluci. A. (2021). Ética Algorítmica: questões e desafios éticos do avanço tecnológico da sociedade da informação. Revista Galáxias, nº 46. https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/50301.

Russel, S. J.; Norvig, P. (2009). Artificial Intelligence: A Modern Approach. New Jersey: Prentice Hall.

Teixeira, P. S. (2024). ChatGPT reforça estereótipos sobre mulheres brasileiras com acessórios coloridos, magras e bronzeadas. Folha de São Paulo, 06 de março.

https://www1.folha.uol.com.br/tec/2024/03/chatgpt-reforca-estereotipos-sobre-mulheresbrasileiras-magras-bronzeadas-e-com-acessorios-coloridos.shtml

Weissmann, L. (2018). Multiculturalidade, transculturalidade, interculturalidade. Construção psicopedagógica, 26(27), 21-36. Recuperado em 09 de novembro de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141569542018000100004&lng=pt&t lng=pt.

Zlobina, A. e Páez, D. (2008). Aculturación y comunicación intercultural: El caso de inmigración en España. In: Cabecinhas, R. (org.). Comunicação Intercultural Perspectivas, Dilemas e Desafios. Editora Campo das Letras e o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Porto.

Downloads

Publicado

2025-06-09

Como Citar

Dugnani, P. (2025). Estereótipo e Preconceito num Mundo Intercultural: Será que a inteligência artificial poderá se libertar dos modelos estabelecidos? . E- Revista De Estudos Interculturais , (13). https://doi.org/10.34630/e-rei.vi13.6311

Edição

Secção

Artigos