Brasil, Um País Chamado “Do Futuro”
DOI:
https://doi.org/10.34630/erei.v1i9.4173Palavras-chave:
Mestiçagem, Racialismo, Racismo, 'Paraíso racial', Stefan ZweigResumo
O presente artigo propõe uma análise do olhar do escritor austríaco Stefan Zweig sobre as relações étnico-raciais em seu livro Brasil, um país do futuro, produzido em 1941. São duas as vertentes trabalhadas para investigar a temática racial existente na obra: a primeira, a celebração da mestiçagem enquanto consequência de uma relação inter-racial 'pacífica', visão do país centralizada na raça, nas relações raciais, na mestiçagem está no pensamento social e nas políticas públicas e práticas culturais brasileiras. A segunda vertente estuda como, em contraposição à Alemanha, Zweig sugere o Brasil enquanto alternativa ao que chama de ‘doença dos nossos tempos’: o nazismo e a política racial de Hitler. Aqui a ‘harmonia’ racial brasileira e a mestiçagem funcionam como uma resposta plausível para uma ‘civilização’ futura livre do ódio e do racismo. O ‘paraíso racial’ de Stefan Zweig tende a apagar a subjetividade e identidade do negro e do mestiço, de modo que a narrativa de “Brasil, um país do futuro” ajudou a construir no imaginário social o conceito de uma nação mestiça, livre de preconceito racial.
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