Identidade e interculturalidade: o Iberismo na Literatura de viagens portuguesa da segunda metade de Oitocentos
DOI:
https://doi.org/10.34630/erei.vi6.4057Palavras-chave:
Interculturalidade, Identidade Nacional, Portugal, Narrativa De ViagensResumo
Este artigo pretende refletir sobre as teorias iberistas e a questão identitária tal como são representadas e percecionadas pelos escritores portugueses da segunda metade de Oitocentos. A narrativa de viagens ao país vizinho da segunda metade de Oitocentos é, quanto a nós, paradigmática da questão das viagens, enquanto prática cultural, mas igualmente enquanto espaço propiciador de um contacto com o Outro, que se cristaliza na criação de auto e hetero-imagens e na consolidação da identidade nacional, pela atitude comparativa que se estabelece em contacto com o Estrangeiro. Já outros autores afirmaram que, em Portugal, é sobretudo em relação à França e à Inglaterra que se forja o duplo semantismo do elemento estrangeiro (BOURDON, 1988:124), imagens de alteridade em relação às quais se tomam atitudes básicas de rejeição ou de deslumbramento. Mas se isso é verdade sobretudo em Eça de Queirós e Ramalho Ortigão, o papel desempenhado pela Espanha, neste processo, não dever ser menosprezado, sobretudo se tivermos em conta o contexto histórico-político das relações quer com a França e a Inglaterra (o Ultimatum, de 1890), quer com a Espanha e a Questão Ibérica.
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