Prevenção do Cancro Cervical

O Caso Angolano

Autores

  • P. Andrade Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal/ Macrolab, Luanda, Angola
  • RA Silva Área Técnico-Científica de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal / REQUIMTE-LAQV, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • H Rocha Área Técnico-Científica de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal / i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto, Porto, Portugal / IBMC – Instituto de Biologia Molecular e Celular, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.26537/citotech.vi8.6082

Palavras-chave:

Cancro cervical, prevenção, rastreio, Angola

Resumo

O cancro cervical é a principal causa de mortalidade por cancro em Angola, colocando sérios desafios ao sistema de saúde do país. Esta situação resulta de deficiências nas infraestruturas de saúde pública, sensibilização da população e acesso a cuidados de saúde preventivos, apesar da disponibilidade de intervenções com boa relação custo-eficácia, como a vacinação contra o HPV e o rastreio do colo do útero. A implementação de programas de rastreio organizado é desafiante em contextos com poucos recursos, mesmo com a aplicação de métodos de inspeção visual, estes enfrentam limitações na precisão e cobertura diagnóstica. Similarmente, campanhas de vacinação contra o HPV, embora promissoras, são limitadas por barreiras sociogeográficas e logísticas.
Esta revisão explora a situação atual da prevenção do cancro cervical em Angola, identificando os principais desafios, como a falta de estudos epidemiológicos, infraestruturas de rastreio e as barreiras socioeconómicas no acesso aos cuidados de saúde. Há ainda um trabalho considerável pela frente para cumprir a estratégia da Organização Mundial de Saúde para 2030 - 90% de cobertura vacinal, 70% de rastreio e 90% de tratamento. No entanto, podem ser feitos progressos com a adoção de métodos de rastreio inovadoras que incluam a auto-amostragem e unidades de saúde móveis, expandindo esforços de vacinação e reduzindo obstáculos culturais e logísticos.

Publicado

2025-01-16

Como Citar

Andrade, P., Silva, R., & Rocha, H. (2025). Prevenção do Cancro Cervical: O Caso Angolano. Citotech Online - Case Review, (8). https://doi.org/10.26537/citotech.vi8.6082