Comparação e Otimização de Métodos de Extração de DNA de Células Cervicais Colhidas em ThinPrep® PreservCyt™
DOI:
https://doi.org/10.26537/citotech.vi5.3778Palavras-chave:
Cancro do colo do útero, HPV, DNA, Extração, Metilação de DNAResumo
O cancro do colo do útero é o nono cancro mais incidente nas mulheres em Portugal. O rastreio desta neoplasia tem evoluído desde a citologia convencional até à deteção do Vírus do Papiloma Humano em colpocitologia cervico-vaginal em meio líquido. Atualmente, novos marcadores biomoleculares, como alterações na metilação do ácido desoxirribonucleico (DNA), têm sido estudados como meio de triagem de mulheres infetadas pelo Vírus do Papiloma Humano. O objetivo deste estudo foi otimizar e comparar três métodos de extração de DNA para análise da metilação. Extraiu-se DNA de dezasseis amostras de colpocitologia, colhidas em ThinPrep® PreservCyt™, através do método fenol-clorofórmio e dos kits QIAamp® MinElute™ Media (QIAGEN, Hilden) e Blood DNA Isolation Mini Kit(Norgen Biotek, Ontario). Após quantificação, o DNA foi modificado por bissulfito de sódio e amplificado por Reação em Cadeia da Polimerase Quantitativa de Metilação Específica para o gene β-Actina. Os valores médios de Cycle threshold (Ct) foram avaliados.O método fenol-clorofórmio teve maior input, e consequentemente conferiu maior quantidade de DNA. Com 15mL de amostra obteve-se 13500ng pelo método fenol-clorofórmio enquanto com 2mL de amostra se obteve 8940ng do kit QIAamp® MinElute™ Media e 927ng do Blood DNA Isolation Mini Kit. Contudo, os kits apresentaram maior eficácia de extração, bem como maior rapidez e facilidade de execução. Não se verificaram diferenças significativas entre os valores médios de Ct de cada método de extração nem entre amostrasarmazenadas durante dez ou catorze meses. Concluindo, os três métodos permitiram obter DNA para amplificação mas a otimização dos kits de extração revelou-se ser a opção mais vantajosa.
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