Insalubridade habitacional e os seus impactos na saúde respiratória

Abstract

A insalubridade habitacional refere-se a condições inadequadas de habitação, que comprometem a saúde e o bem-estar dos indivíduos que nela habitam, bem como dos que os rodeiam. Estas condições podem ter origem estrutural, ambiental ou social, incluindo situações de ventilação deficitária, presença de humidade e bolores, superlotação, saneamento inadequado, poluição do ar interior e exposição a agentes biológicos e químicos nocivos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde [1], condições de habitação inadequadas favorecem a vulnerabilidade a diversas doenças, reduzindo a qualidade de vida e a expectativa de vida da população afetada. A exposição a agentes biológicos e químicos nocivos está inteiramente ligada ao aparecimento de doenças respiratórias, bem como o agravamento dos já existentes, como a  asma, bronquite crónica, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) [2].

A insalubridade habitacional representa um desafio significativo para a saúde pública, uma vez que, afeta populações vulneráveis, tais como idosos e pessoas com problemas de saúde mental, sobrecarrega os sistemas de saúde, causando como principais problemáticas o aumento da morbilidade e mortalidade, fomentado a desigualdade social. Na Unidade de Saúde Pública do Alentejo Litoral, são dezenas as solicitações anuais para travar situações de insalubridade sendo a sua resolução, na maioria dos casos, dependentes de parceiros da comunidade, tais como, MunicípiosNúcleos de Proteção Ambiental da Guarda Nacional Republicana, empresas de gestão condomínios.