Abstract
Introdução: O magnésio desempenha várias funções no organismo humano. A sua deficiência ([Mg 2+] < 0,75mg/dL), pode contribuir para o agravamento de várias patologias, entre elas as afeções do foro neurológico [1]. A medicação utilizada para tratar estas doenças apresenta efeitos adversos e tem tendência a perder o seu efeito em situações de uso prolongado [2]. Desta forma, torna-se essencial o conhecimento da suplementação com magnésio e dos seus benefícios nestas patologias, de forma a incrementar a qualidade de vida e segurança dos doentes. Objetivo: Verificar se a suplementação oral com magnésio influencia a evolução de patologias de foro neurológico e elaborar um algoritmo de apoio ao aconselhamento em farmácia. Métodos: Revisão bibliográfica do tipo narrativo nas bases de dados Pubmed ® e RCAPP ® utilizando-se equações de pesquisa e critérios de inclusão e exclusão adequados a cada objetivo específico. Resultados: Foram identificadas diversas variáveis endógenas e exógenas que condicionam a deficiência de magnésio [3]. Os sais orgânicos de magnésio permitem uma maior biodisponibilidade e absorção do micronutriente no organismo, embora o óxido de magnésio (composto inorgânico) seja o mais estudado e vendido nos suplementos em Portugal [4]. As afeções do foro neurológico e psiquiátrico alvo de estudo com a suplementação de magnésio nos últimos 20 anos foram a depressão, ansiedade, insónia, enxaqueca e falta de memória e atenção [5,6,7]. Foi desenvolvido um fluxograma de apoio ao aconselhamento em farmácia comunitária. Conclusão: O magnésio é um micronutriente essencial no organismo humano e evidencias científicas apontam para que o seu défice seja frequente entre a população em geral. A suplementação com magnésio parece diminuir a evolução da sintomatologia e promover a qualidade de vida em doentes com depressão, ansiedade, enxaqueca, insónia e dificuldades de memória e aprendizagem.
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