O bem-estar do trabalho dos militares através do prisma da relação trabalho-família: o papel das características do trabalho

Autores

  • Vânia Sofia Carvalho
  • Maria José Chambel

DOI:

https://doi.org/10.26537/iirh.v0i6.2366

Resumo

Os estudos que exploram a relação trabalho-família com militares fazem-no essencialmente com militares que estão afastados da família devido à guerra. São poucos os estudos que exploram a complexidade da relação trabalho-família com os militares que constroem um percurso profissional nestes serviços. Consideramos assim pertinente analisar a relação trabalho-família nesta profissão. Este estudo envolveu 175 militares da Marinha Portuguesa e testou o efeito mediador do conflito trabalho-família e o enriquecimento trabalho-família na relação entre as características do trabalho e o bem-estar no trabalho (i.e., burnoutengagement).
Usando as exigências, a autonomia e apoio supervisor como características do trabalho, e em consonância com os pressupostos de modelos bem-estar (i.e., Job Demands-Control and Support; Job Demands–Resources Model; Conservation of Resources Theory) análises de equações estruturais revelaram que as características do trabalho estão relacionados tanto com o conflito trabalho-família como o enriquecimento trabalho-família. Por sua vez, estas variáveis explicam o burnout e engagement dos militares. O enriquecimento trabalho-família medeia a relação entre as características do trabalho (i.e., autonomia e apoio supervisor) e o engagement e o conflito trabalho-família não só medeia a relação entre as características do trabalho (i.e., exigências e apoio supervisor) e o burnout, como também atua como mediador entre estas variáveis e o engagement. Implicações do estudo serão discutidas.
 

Publicado

2016-01:-26

Como Citar

Carvalho, V. S., & Chambel, M. J. (2016). O bem-estar do trabalho dos militares através do prisma da relação trabalho-família: o papel das características do trabalho. Conferência - Investigação E Intervenção Em Recursos Humanos, (6). https://doi.org/10.26537/iirh.v0i6.2366