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DOI:
https://doi.org/10.34630/ciri.v0i1.2461Palavras-chave:
fotografia;, pintura;, apropriação;, história da arte;Resumo
Um negativo de gelatina e sal de prata, de 9 × 12 cm, encontrado e adquirido num mercado de rua da cidade do Porto, é o ponto de partida para uma reflexão sobre a influência que a fotografia publicitária de produtos fotográficos, exerceu na fotografia vernacular praticada pelos amadores no período após a segunda Guerra Mundial. Procura-se demonstrar também uma influência estilística no sentido inverso, nas últimas décadas do século vinte, em que as ‘imperfeições’ da fotografia amadora começam a ser apreciadas e incorporadas nos discursos estéticos da fotografia contemporânea.
O negativo aqui analisado é um registo profissional para um catálogo, representando molduras metálicas que contêm reproduções de imagens fotográficas. Os conteúdos destas fotografias sugerem leituras políticas e económicas, no seu contexto histórico, transformando este negativo encontrado numa espécie de micro-atlas (uma tentativa de representação de uma totalidade) da história da arte e da humanidade, do século dezoito até ao presente.