Análise da dinâmica de trabalho numa unidade de preparação de citotóxicos: o que está a mudar?
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Keywords

Anticorpo monoclonal
citotóxico
manipulação
unidade de preparação de citotóxicos
risco ocupacional

How to Cite

Silva, R., Santos, A., Calhau, A., Patrão, B., Laranjeira, C., Soares, I., … Valeras, C. (2023). Análise da dinâmica de trabalho numa unidade de preparação de citotóxicos: o que está a mudar?. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health, 1(3), 15. https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i3.5395

Abstract

Enquadramento: Os medicamentos inovadores têm ganho importância na cura e qualidade de vida do doente oncológico [1,2]. À medida que novas abordagens terapêuticas vão sendo introduzidas, é necessário que as características farmacológicas, físico-químicas e toxicológicas dessas substâncias sejam tidas em consideração, de forma a que os riscos associados à sua manipulação sejam minimizados e os procedimentos de trabalho adaptados às novas circunstâncias [3-5]. Objetivo: Caracterizar a dinâmica de trabalho da Unidade de Preparação de Citotóxicos do Instituto Português de Oncologia de Coimbra entre 2018 e 2022. Métodos: Foi efetuada uma análise retrospetiva do número de fármacos injetáveis citotóxicos (Cit), anticorpos monoclonais (mAb) e mAb+Cit conjugados (mAb+Cit) preparados em cada ano, excluindo protocolos experimentais. Adicionalmente, foi analisado o número de unidades manipuladas de acordo com a forma de apresentação (medicamentos em solução pronta a diluir e medicamentos que requerem preparação prévia à diluição). Resultados: O número total de preparações de medicamentos dirigidos (mAb e mAb+Cit) tem vindo a aumentar ao longo dos anos, contando-se 15 em 2018 e 23 em 2022. Em oposição, o número de Cit preparados diminuiu ligeiramente de 35 (2018) para 32 (2022). Relativamente ao número de unidades manipuladas, regista-se um crescimento de 17,4% em cinco anos, de 28.560 em 2018 para 33.541 em 2022 (aumento médio anual de 1688 formas farmacêuticas). Também os medicamentos que exigem preparação prévia à diluição tendem a aumentar, representando, no último ano, cerca de 25% do total das unidades manipuladas. Conclusões: As Unidades de Preparação de Citotóxicos devem monitorizar as alterações no volume e tipo de trabalho realizado, providenciando programas de formação adequados aos seus profissionais, incidindo nomeadamente sobre novas terapias, ajustando procedimentos e reduzindo os riscos associados à sua manipulação.

https://doi.org/10.26537/prpaeh.v1i3.5395
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