Gestão de recursos humanos e gestão de horários de trabalho: O caso dos horários de trabalho “atípicos”

Autores

  • Isabel Soares Silva
  • Joana Prata
  • Luísa Carneiro
  • Helena Silva
  • Ana Isabel Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.26537/iirh.v0i6.2353

Resumo

A implementação de horários de trabalho diferentes do horário de trabalho considerado “normal” (designado comummente como horário das “9 às 5”) é uma prática frequente em diversos sectores de actividade no sentido de responder a imperativos de ordem social, tecnológica e/ou económica. Dado que o horário de trabalho estrutura não só o tempo dedicado ao trabalho, mas em larga medida, também os restantes “tempos” da vida dos indivíduos (tempo com a família e/ou amigos, actividades de lazer, actividades comunitárias, etc.), a gestão dos aspectos temporais do trabalho (ex., definição das escalas, alocação e retenção dos/as trabalhadores/as em função dos diferentes horários/turnos) constitui, provavelmente, um dos maiores desafios no domínio da gestão de recursos humanos. O presente trabalho, ancorando-se em investigações anteriores sobre a gestão de horários de trabalho “atípicos” (ou seja, diferentes do horário de trabalho considerado normal ou convencional), em especial, horários de trabalho por turnos, propõe-se contribuir para a reflexão sobre o modo como os aspectos temporais do trabalho podem ser perspectivados à luz das práticas de recursos humanos que as organizações podem adoptar na sua gestão. Esta reflexão e respetivas implicações para a intervenção, é feita a partir de alguns dos resultados obtidos em diversos estudos empíricos realizados pela equipa de investigação, sobretudo no sector industrial. De um modo geral, em cada estudo, procurou-se compreender o modo como era levada a cabo a gestão dos horários de trabalho e/ou o impacto de tais horários em dimensões individuais, familiares/sociais ou organizacionais. Além da apresentação das principais consequências associadas aos horários de trabalho “atípicos”, em especial, ao regime de trabalho por turnos, será dado particular destaque na reflexão sobre o papel que o contexto organizacional poderá desempenhar no processo de adaptação a tais modalidades horárias, especialmente do ponto de vista das práticas de gestão dos recursos alocadas à gestão dos aspectos temporais do trabalho.

Publicado

2016-01:-28

Como Citar

Silva, I. S., Prata, J., Carneiro, L., Silva, H., & Ferreira, A. I. (2016). Gestão de recursos humanos e gestão de horários de trabalho: O caso dos horários de trabalho “atípicos”. Conferência - Investigação E Intervenção Em Recursos Humanos, (6). https://doi.org/10.26537/iirh.v0i6.2353