@article{Pinto_Martins_2018, title={A adaptação intercultural: Estudo exploratório com expatriados portugueses em Angola}, url={https://parc.ipp.pt/index.php/iirh/article/view/2607}, DOI={10.26537/iirh.vi7.2607}, abstractNote={<p>Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados da adaptação intercultural de trabalhadores de empresas portuguesas expatriados em Angola. Mais especificamente, é explorada a perceção dos expatriados participantes no estudo relativamente à sua adaptação ao contexto intercultural angolano. A adaptação intercultural pressupõe a definição do grau de conforto psicológico e familiar que os expatriados sentem em relação ao novo ambiente bem como o grau de facilidade ou dificuldade com que se adaptam ao dia-a-dia e ao desenvolvimento do trabalho no país de acolhimento (Ramalu et al., 2010; Chang, 1997). Podendo a adaptação intercultural ser um processo que implique mudanças comportamentais, emocionais, cognitivas e atitudes resultantes da interação com um novo e diferente contexto cultural, a adaptação intercultural comporta-se como um fator determinante do (in)sucesso da missão internacional (Ramalu et al., 2010). O bem-estar de um expatriado resulta da sua aceitação com a nova cultura, da capacidade em executar a sua função na organização de acolhimento bem como da capacidade em se relacionar com os nativos desse país (Lee & Vorst, 2010). No entanto, as diferenças culturais existentes entre o país de origem e o país de acolhimento poderão resultar num conjunto de barreiras a que os expatriados são expostos. Para além disso, os expatriados confrontamse ainda com valores, crenças e perceções que podem divergir daqueles em que acreditam ou daqueles com que estão familiarizados (Geetika & Gupta, 2012). Considerando que o ajustamento intercultural continua a merecer elevada atenção por parte dos investigadores da gestão internacional de recursos humanos (Dabic, Gonzalez-Loureiro & Harvey, 2015) e, simultaneamente, a tendência de crescimento da expatriação em empresas portuguesas para o contexto angolano nos últimos anos, reforçam a pertinência deste estudo. Para a obtenção de evidências empíricas foi utilizada uma metodologia qualitativa. O instrumento de recolha informação privilegiado foi a entrevista semiestruturada, tendo sido realizadas 13 entrevistas a expatriados portugueses em Angola. Os resultados obtidos sugerem que o processo de adaptação intercultural dos expatriados portugueses ao contexto angolano não é padronizado, uma vez que foram percecionados pelos participantes envolvidos no estudo três possíveis comportamentos: (1) existência de choque intercultural na fase inicial de chegada a Angola mas ultrapassado com o decorrer da missão internacional; (2) existência de choque intercultural que nunca foi ultrapassado; (3) inexistência de choque intercultural. Concluímos que o processo de adaptação intercultural de expatriados portugueses ao contexto angolano poderá ser influenciado por (1) fatores de natureza contextual como as diferenças culturais, económicas e políticas existentes entre ambos os países; (2) por fatores de natureza individual, como as características de personalidade dos indivíduos e; (3) fatores de natureza organizacional, concretamente a falta de boas práticas de apoio organizacional ao ajustamento intercultural dos expatriados. <br>Por último, as conclusões sugerem que as organizações com experiência em expatriação poderão necessitar de reconsiderar as suas políticas de expatriação, com particular enfase nas questões ligadas à preparação intercultural. São, ainda, apresentados os principiais contributos, limitações e sugestões para estudos futuros.</p>}, number={7}, journal={Conferência - Investigação e Intervenção em Recursos Humanos}, author={Pinto, Ivone and Martins, Dora}, year={2018}, month={Nov.} }